segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Expresso não mais.

Do outro lado, na rua com esquina torta
você pôde encontrar três café's próximas,
escolheu me levar às três, para fumar uns cigarros
e esquentar a garganta com café expresso,
aquele bem amargo, mas que desce bem com
três ou oito colheres de açúcar.
Você pediu por favor, para que eu segurasse sua mão,
você me olhou reto, sorrindo pouco e brincando com
alguns dos meus dedos, começou a rir, sem jeito.
Eu ali sem palavras, fiquei apenas observando,
o que aquele fim de tarde, com sol se pondo iria
me prometer. Eu levei a mão ao seu rosto,
fiz carinho em sua cabeça e baguncei os seus cabelos,
você se entediou, e eu soprei seu cabelo pra animar,
você riu e pediu por favor, eu concordei.
Você ainda queria conhecer dois café's a mais,
dois cafés onde serviriam mais dois expressos com
três ou oito colheres de açúcar, mas eu, assim como você,
não tinha tempo, mesmo que o carinho pós-existisse,
mesmo que ele ainda morasse conosco, nós não podíamos
mais, não mais do que fingir por um tempo que o fim
de um relacionamento era a nossa deixa, a nossa escapada,
para talvez você levar um outro alguém num café próximo,
e eu me acabar em pub's, com amigos e agarros.
Os garotos de fora nunca me interessaram,
os teus abraços ainda não cessaram,
mas ao redor o clima mudou, para um longe e obrigado
'adeus amor'.

domingo, 29 de novembro de 2009

Bem viçoso.

Se eu pudesse gostar de ti e, o sentimento todo dependesse da nossa distância,
eu estaria tomado por você, teria mais vantagens e abraços apertados, seus.
Mas onde esta o amor, como esta o nosso amor ainda inexistente?
Te confesso que tem teia nesse negócio meu, esse tal de amor à distância,
não saberia te responder se eu estou meio errado por dentro ou se é apenas
a aparência que me toma, que me enfeita. De qualquer forma, não quero temer,
estou esperando, calmo, sobre qualquer pôr-do-sol que venha me trazer um sorriso teu.

sábado, 24 de outubro de 2009

Tomando controle.

Tomando conta do meu cérebro,
Não sinto a mente. Face e lábios frios.
Tornando-me vulnerável, novamente.
Uma estação de trem, embarcando no trem das 11h,
estou partindo para o exterior,
estou ficando sem senso, sem medições,
estou me arqueando sobre você,
estou querendo me entregar, novamente.

Eu me perco em ritmo, compassado, rápido e lento.
Facilmente.
Lentamente.
Me asfixia, me tem em mente.

Um semitom perpassa meus ouvidos,
fico entre seguir e partir, fico estático,
com um pé no trêm e outro na estação,
me envolvendo, me desguiando.
Eu não penso mais.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Do que penso.

Eu treino meus dizeres diariamente.
Troco de roupa, de pele,
apago cigarro atrás de cigarro,
atiço as ideias perigosas,
arrisco por olhar acima do muro,
o que tem me aguardando,
os planos que se vem guardando.
Eu confesso, iria me apaixonar fácil,
com teus olhos fixados aos meus,
teu braço apertando os ombros,
o peito, pousando o rosto ao pescoço,
deixando a respiração ao meu ouvido;
lenta, quente, maldita e provocante.
Quando eu falar desconsertado,
vou segurar tua mão, tentar me iludir
em ser um pouco seu, realinhando os
meus gostos, tudo sem esforço, aos teus.




Double Post: Um Nome a Escolher

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Te imaginado.

Te imaginado as pressas, no ponto de ônibus,
com o vai e vem de rostos,
te criado em mente, com uma pressão louca,
e os olhares impessoais,
os transtornos bipolares,
de tanta gente,
neste lugar infixo.
Te adorado olhando a lua, no quintal de casa,
acendendo cigarros,
expulsando o ar,
respirado fundo,
mergulhado em pensamentos sobre você,
como será teu cabelo,
como será teus olhos,
tua boca então ?
Te imaginado as pressas,
por que meus gostos são sempre,
sempre muito curtos.

Dialogando

Dois amigos discutiam sobre a beleza, a simplicidade,
A distância e a saudade.
Um se perguntou por que tudo havia mudado.
Se maravilharam por tudo que tinham se tornado.
Mas as mudanças,
Que incluem distância e saudade...
Descobriram que, por caso,
Tudo era culpa de um certo desleixo nosso.
Mas o amor sempre faz com que nada mude,
Que a amizade, assim como a vontade de ter alguém aqui, nunca se altera.

B: Sabe que todo dia a gente é melhor? A gente só não sabe disso.
Pbl: Agora eu sei. Obrigado.



Autoria:
Bianca Marinho.
Passa lá: http://sppaconnection.blogspot.com/

Eis a flor.

Flor tão bela que paira em terrenos planos, vós pertence ao reino do céu. Me nega teu amor, tão puro e doce?