segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Expresso não mais.

Do outro lado, na rua com esquina torta
você pôde encontrar três café's próximas,
escolheu me levar às três, para fumar uns cigarros
e esquentar a garganta com café expresso,
aquele bem amargo, mas que desce bem com
três ou oito colheres de açúcar.
Você pediu por favor, para que eu segurasse sua mão,
você me olhou reto, sorrindo pouco e brincando com
alguns dos meus dedos, começou a rir, sem jeito.
Eu ali sem palavras, fiquei apenas observando,
o que aquele fim de tarde, com sol se pondo iria
me prometer. Eu levei a mão ao seu rosto,
fiz carinho em sua cabeça e baguncei os seus cabelos,
você se entediou, e eu soprei seu cabelo pra animar,
você riu e pediu por favor, eu concordei.
Você ainda queria conhecer dois café's a mais,
dois cafés onde serviriam mais dois expressos com
três ou oito colheres de açúcar, mas eu, assim como você,
não tinha tempo, mesmo que o carinho pós-existisse,
mesmo que ele ainda morasse conosco, nós não podíamos
mais, não mais do que fingir por um tempo que o fim
de um relacionamento era a nossa deixa, a nossa escapada,
para talvez você levar um outro alguém num café próximo,
e eu me acabar em pub's, com amigos e agarros.
Os garotos de fora nunca me interessaram,
os teus abraços ainda não cessaram,
mas ao redor o clima mudou, para um longe e obrigado
'adeus amor'.

2 comentários:

  1. Sinto uma pontada de prazer nessa "dor", rs.

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  2. Me apaixonei pela tua escrita (L)
    (Pode ter certeza quem sempre vou voltar aqui.)



    Honny. (;

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